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Intransitivos

um conceito que me pisca

séries de fotocerâmicas aplicadas sobre azulejos comerciais e de memória, se utilizando de imagens antigas e fotografias tiradas pelo artista.

sem requerer sentido de outro, as séries transitam entre a fotografia e a cerâmica e resgatam memórias, objetos e presenças cotidianas com intuito de que a introspecção se torne uma experiência de sentido plena. A objetiva da câmera, o colecionismo e a apropriação velam fantasmas à luz do sol, enquanto uma névoa de óxidos minerais e as altas temperaturas dos fornos cerâmicos corporificam ausências sobre as superfícies dos azulejos.


Carrinhos de coletores urbanos, animais, brinquedos, guardados de memória, um urso de pelúcia, uma taça de cabelos do artista, broches de andanças por outros percursos e corpos, crianças. Uma, duas, várias adquiridas em antiquários e feiras públicas, com seus olhares fixos e poses rígidas aparadas pelas mãos carinhosas das mães, das mulheres de preto, que sombreadas sobre fundo preto sustentavam a imobilidade de seus filhos frente à extensa exposição fotográfica. Luzes de memória a irradiar nosso tempo e espaços tardios, líquidos.

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